Por Wagner Rodrigues
Ao longo dos anos 70 e início dos 80, no Rio Grande do Sul, a cena musical estava voltada para o interior do estado com a presença de grupos que utilizavam elementos folclóricos, regionais, indígenas e latino-americanos dentro das suas composições, como ‘Os Tápes’, “Grupo Terra Viva’, ‘Utopia’, ‘Almôndegas’, entre outros.
Esse panorama foi radicalmente alterado a partir da segunda metade da década de oitenta com o surgimento do que a mídia denominou de 'rock gaúcho', onde o foco foi direcionado para a capital, Porto Alegre, o que acabou enfraquecendo ou diluíndo diversos grupos do interior que tinham propostas estéticas diferenciadas.
Esse panorama foi radicalmente alterado a partir da segunda metade da década de oitenta com o surgimento do que a mídia denominou de 'rock gaúcho', onde o foco foi direcionado para a capital, Porto Alegre, o que acabou enfraquecendo ou diluíndo diversos grupos do interior que tinham propostas estéticas diferenciadas.
O Quintal de Clorofila fez parte da fase que antecedeu a centralização portoalegrense. Originou-se na cidade de Santa Maria no final da década de setenta e era uma banda integrada por apenas dois músicos multi-instrumentistas: os irmãos Dimitri e Negendre Arbo.
Suas composições se destacavam pela complexidade e profundidade de suas letras [escritas pelo poeta Antonio Carlos Arbo, pai dos músicos], expressão vocal e harmonias e arranjos progressivos numa fusão incandescente de folk rock, jazz, música medieval e ritmos africanos orientais e latinos.
Suas composições se destacavam pela complexidade e profundidade de suas letras [escritas pelo poeta Antonio Carlos Arbo, pai dos músicos], expressão vocal e harmonias e arranjos progressivos numa fusão incandescente de folk rock, jazz, música medieval e ritmos africanos orientais e latinos.
Quintal de Clorofila ao vivo no Teatro Guaíra, em Curitiba, nos anos 80.
É notório que o trabalho do Quintal de Clorofila envolveu uma vasta e aprofundada pesquisa musicológica, uma vez que a sua sonoridade estava bem além do que se produzia na época. Apesar disso, a banda não obteve um grande reconhecimento sendo, até hoje, desconhecida por muitos.
Outra característica presente neste álbum está relacionada às overdoses de psicodelia injetadas em diversas passagens sonoras, bastante viajantes e atmosféricas. O uso sutil de um teclado e de uma guitarra elétrica, que aparecem vez que outra, com um timbre muito especial dão um brilho ainda mais psicodélico para as composições, ao serem mescladas com uma diversidade de instrumentos acústicos e percussivos. Aliás, riqueza de timbres é o que não falta neste trabalho de grande inspiração e criatividade.
Os músicos e seus instrumentos:
Negendre Arbo: Violão, Casio, Banjo, Guitarra, Bandolim, Percussão, Metalofone, Microharpa, Porongo, Voz.
Os músicos e seus instrumentos:
Negendre Arbo: Violão, Casio, Banjo, Guitarra, Bandolim, Percussão, Metalofone, Microharpa, Porongo, Voz.
Dimitri Arbo: Viola 12 cordas, Saxofone, Flauta [transversa, doce, soprano e contralto], Ocarina, Percussão, Voz.
Participações Especiais:
Paulo Soares: Violão base - faixas 01, 04 e 06.
Canário 'Geminha': Backing vocal - faixa 09.
Antonio Carlos Arbo: Voz - faixa 10.
Faixas:
01. As Alamedas
02. Jornada
03. Drakkars
04. Liverpool
05. Gotas De Seresta
06. Viver
07. O Último Cigano
08. Jardim Das Delícias
09. Balada Da Ausência
10. O Mistério Dos Quintais
Download [arquivos MP3 de alta qualidade - 320kbps]
Para conhecer o trabalho mais recente do Negendre Arbo acesse sua página no myspace: www.myspace.com/negendre.
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Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Brasil.
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3 comentários:
Não conheço o som, mas fiquei curiosa... vou conferir, pelo jeito vale a pena...
não conhecia, estou ouvindo o disco. Sensacional. Grata por difundir.
Esse álbum é absurdo demais! Uma pena o link estar quebrado, mas vale a audição.
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